ATA DA TRIGÉSIMA SEGUNDA
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA
LEGISLATURA, EM 19-12-2012
Aos dezenove dias do mês de dezembro do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e oito minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Freitas, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Waldir Canal. Às nove horas e quarenta e nove minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 011/12 (Processo nº 0716/12), discutido pelo vereador Bernardino Vendruscolo e pelas vereadoras Sofia Cavedon e Fernanda Melchionna. Às dez horas e oito minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Às dez horas e nove minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Mauro Zacher e pela vereadora Fernanda Melchionna e secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria de seus integrantes.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Consulto os Líderes se vão usar o Tempo de Liderança. Solicito a
abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, para entrarmos na
Ordem do Dia. (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 9h49min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0716/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 011/12, de autoria da Mesa Diretora, que altera o caput do art. 134, o caput
e os §§ 1º a 4º do art. 134-A, a denominação das Seções VI e VII do Capítulo
VII do Título III, o art. 135, o caput e os §§ 1º a 3º do art. 136, o caput
e os §§ 1º e 2º do art. 137, o caput e os §§ 1º e 2º do art. 138, as
als. b e c do inc. III do art. 148, o § 1º do art. 180, o caput
do art. 182, o art. 183, os §§ 3º e 4º do art. 188 e o caput do art.
203, inclui Seção V-A no Capítulo VII do Título III, §§ 4º a 9º no art. 136,
art. 136-A e §§ 1º e 2º no art. 182, revoga os incs. I e II do caput e
os §§ 5º e 6º do art. 134-A, o art. 134-B, o art. 139, o art. 139-A, os §§ 3º e
4º do art. 180, o art. 181, o art. 181-A, os incs. II e IV do caput e o
§ 2º do art. 188, o art. 189, o art. 190 e os incs. I a III do caput e o
parágrafo único do art. 203, todos na Resolução nº 1.178, de 16 de julho de
1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, e revoga a Resolução nº 2.083, de 7 de novembro de 2007, dispondo
sobre votação de projetos nas quintas-feiras, prestação de contas do prefeito,
dos secretários e dos diretores de autarquias, fundações e empresas controladas
pelo Município de Porto Alegre perante a Câmara Municipal, racionalização das
homenagens e Tribuna Popular. Com Emendas nos 01 a 07. Com
Subemenda nº 01 à Emenda nº 07.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Parecer
Conjunto:
- da CEFOR, CUTHAB e
CECE. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e CECE. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação das Emenda nos
01 a 05;
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e CECE. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela rejeição da Emenda nº
06, e pela aprovação da Emenda nº 07, com Subemenda nº 01.
Observações:
-
discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 19-12-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão, em 1ª Sessão, o PR nº 011/12.
(Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PR nº
011/12.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores;
povo que nos assiste neste momento; eu quero aqui me ater a um detalhe de suma
importância que nós estamos votando neste momento, Ver. João Antonio Dib, que
trata de quase uma reengenharia na possibilidade das proposições dos projetos
desta Casa. Ver. Sebastião Melo, V. Exa. era Presidente da Casa quando nós aqui
trabalhamos e fizemos uma reformulação no Regimento Interno, retirando
definitivamente a possibilidade das proposições de projetos autorizativos.
Ocorre que nós, como brasileiros que somos, criativos que somos, acabamos nos encaminhando
para uma outra linha, tratando de projetos, instituindo condições. Ora, a
instituição de possibilidades não deixa de ser um sistema autorizativo também,
e nisso, Presidente Mauro Zacher, nós não estamos fazendo nenhuma crítica,
longe de se imaginar que estamos fazendo crítica, pois se trata, sim, da
garantia de dar a este Parlamento, aos Vereadores que compõem este Parlamento,
a possibilidade, de uma forma ou de outra, de expressar o sentimento da
população através das suas proposições, que se resumem na possibilidade de
indicar ao Executivo questões demandadas pela sociedade.
Esse sistema ou modo que estamos votando para ações
posteriores, Ver. Tarciso, vai permitir aos Parlamentares, de forma mais
célere, mais dinâmica, que façam as suas indicações ao Executivo de forma a
atender os anseios do Parlamentar e dos seus eleitores – e por que não, da
população, sim, mas trazendo para o Plenário o debate, valorizando a proposição
do Vereador, encaminhando ao Executivo a indicação, acompanhada do sentimento
do Plenário. Hoje é possível, sim, fazer indicações. O Parlamentar assina a
indicação, encaminha à Presidência, que despacha ao destinatário. O que nós
estamos trazendo é a possibilidade de se fazer, Ver. DJ Cassiá, debate de
indicações. Com isso, vejam bem, nós estaremos aliviando um pouco a Casa, que
está lotada de projetos, não mais autorizativos, mas indicativos, envolvendo
todas as Comissões, demorando muitas vezes anos aqui nesta Casa. Quantos de
nós, Parlamentares, na próxima Legislatura, não estarão mais aqui? Mas os seus
projetos permanecerão, pela demora, em razão de que passam por várias Comissões
temáticas. Esta proposição, deste assunto que trata – aqui se trata de várias
questões –, mas ao que me apego é à possibilidade de aprovarmos, sim, a
possibilidade de indicar de forma mais qualificada, Ver. Todeschini. A
indicação, pelo que está posto, votada, sai desta Casa com o sentimento do
Parlamento. O Executivo, os Secretários, quando a receberem saberão qual foi o
sentimento do Parlamento. Nós vamos ter condições, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, de, talvez até em 30 dias, estarmos com esse processo pronto. O
Vereador, com este instrumento, poderá dizer “eu fiz a minha parte”. O
Executivo, por outro lado, terá em suas mãos não só a indicação do Parlamentar,
mas o sentimento deste Parlamento. Por isso, esse item eu quero defender, em
razão de que é uma Emenda que nós propusemos aqui, Ver. João Antonio Dib, para
atender ao anseio dos Parlamentares. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Fernanda Melchionna assume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir, em 1ª Sessão, o PR nº 011/12.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Bom-dia, Ver.ª Fernanda, presidindo os trabalhos; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, população que acompanha os trabalhos da Casa, nós sabemos da
demanda de creches, mas queremos construir uma forma republicana de
viabilizá-la, sem prejuízos para o Erário e para os critérios públicos de
apropriação de espaços de terrenos públicos; são muito bem-vindos, e nós vamos
encontrar uma boa solução, tenho certeza.
Eu queria chamar a atenção dos Vereadores sobre a
reforma do Regimento proposta aqui no último dia do ano. Depois, no ano que
vem, a gente se surpreende, não sabe o que aconteceu, por que, Ver. DJ, não é
mais assim, é assado. É disto que estamos tratando: a alteração do Regimento,
Srs. Vereadores. Chamo a atenção porque estamos votando muitos Projetos, é
difícil a gente prestar atenção em detalhes. Por exemplo,
há uma Emenda aqui que engessa a participação popular nesta tribuna. Eu acho
que é muito restritivo uma entidade poder fazer somente uma fala no ano, porque
há entidades como a UAMPA, que trata de muitos temas. E eu não defendo que ela
ocupe a Tribuna Popular, Ver. Todeschini, todas as semanas, porque, muitas
vezes, há uma disputa, mas, como ocorre hoje, que são duas intervenções no ano,
eu acho que já restringe, imaginem uma só. Também temos outras entidades, a
ATEMPA e o Simpa, cujas questões aparecem durante o ano. Se eles puderem
intervir na Tribuna apenas uma vez, eu realmente acho que seria um cerceamento
da participação popular. Então, eu não tenho acordo sobre esse tema.
Sobre o tema dos
Títulos, a ideia é, se confirmar, de um Cidadão Emérito, um Título muito
importante, por ano, por Vereador.
E a outra questão, a
aglutinação de todos os Prêmios a serem concedidos uma vez ao ano, em que se
fará uma grande cerimônia com a participação de cada Vereador, eu acho
positiva.
Essas duas mudanças
eu considero positivas, acho que valoriza a nossa premiação, mas como é a
primeira discussão de votação, sugiro que nós possamos, de hoje para amanhã,
avaliar bem, fazer uma segunda discussão amanhã ou fazer uma votação, talvez no
início do ano que vem, com os novos Vereadores. Porque está havendo uma
alteração nesta Câmara; está alterando, se não me engano, na ordem de 17
Vereadores, uma alteração substancial na ordem de 50%, e eu não sei se é
adequado fazermos mudanças muito profundas sem a possibilidade de os novos
Vereadores avaliarem se elas estão corretas, se atenderão à democracia.
Eu levanto essas
questões para que possamos olhar com mais cuidado. Por mais que tenhamos uma
série de projetos, eu tenho certeza de que este final de ano vai trazer bons
benefícios à Cidade, se tivermos o mesmo zelo que sempre trabalhamos com as
questões apresentadas a esta Casa. Chamo a atenção de V. Exas. para que
cuidemos de cada detalhe.
Inclusive, há elementos relativos à nossa presença
em Plenário, há alteração em relação às quintas-feiras.
Mesmo em um ano eleitoral, nós, por termos muitas
questões para serem tratadas, tratamos do Orçamento, das Diretrizes
Orçamentárias, e já votamos 11 Projetos de reestruturação do Governo, agora,
nós temos que cuidar um pouquinho do funcionamento do Parlamento com o devido
cuidado que isso merece.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Mauro Zacher reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para discutir, em 1ª Sessão, o PR nº 011/12.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
público que nos acompanha, eu também gostaria de propor que esse Projeto seja
votado no ano que vem. Na verdade, o Projeto é bom, é um Projeto nosso, que
altera algumas coisas nas Sessões de quinta-feira, que institui a vinda do
Prefeito e dos Secretários para prestação de contas aqui na Câmara Legislativa,
que racionaliza as homenagens – eu acho que são Projetos, Presidente, que a
Mesa fez no sentido de agilizar o processo legislativo, inclusive economizando
custos. Entretanto, a Tribuna Popular é uma das poucas prerrogativas
democráticas da Câmara de Vereadores, aberta para as associações, sindicatos,
entidades dos grêmios estudantis, creches, enfim, para entidades da sociedade
que queiram falar para os Vereadores, e restringir isso a uma vez ao ano,
através de uma emenda, parece-me que é muito complicado. Na verdade, a minha
proposição é no sentido da retirada desta emenda, porque aí é demais! As demais
alterações são um acúmulo de discussões que a Câmara produziu o ano inteiro,
mas esta emenda não. Então, eu acho que podemos retirar a emenda e aprovar
aquilo que já foi discutido durante o ano inteiro com os Vereadores, ou, de
fato, deixar para a próxima Legislatura, porque nós não podemos perder um dos
poucos espaços populares que a Câmara tem, que é a Tribuna Popular.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver.ª Fernanda, na verdade, eu vejo que o Relator está suprimindo na
emenda, a Emenda nº 01, essa questão de estabelecer apenas uma proposição
durante a Legislatura. Então, eu gostaria que o Vereador-Relator pudesse nos
auxiliar neste momento. Agradeço pelo aparte, Vereadora.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. Bernardino Vendruscolo. Eu penso
que a Câmara trata com poucos mecanismos de participação popular e o desafio do
futuro é, inclusive, ampliar, cada vez mais, a democracia. Nós, o Ver. Pedro
Ruas e eu, temos inclusive um Projeto que possibilita que a sociedade civil
possa apresentar projetos para a Câmara e eles tramitarem nas Comissões.
Porque, muitas vezes, as entidades que estão na linha de frente – na luta do
Município nas suas questões pontuais, na luta por educação, por saúde – têm muitas
contribuições a oferecer para a Câmara Municipal. Infelizmente, o nosso Projeto
recebeu um Parecer contrário, dizendo que ampliar a democracia banaliza a
função do Vereador. Nós pensamos de maneira radicalmente oposta a isso;
pensamos que ampliar a democracia só favorece o controle social sobre os órgãos
públicos, sobre a Câmara Municipal, sobre o Executivo Municipal e fornece a
possibilidade de a população, cada vez mais, não fazer política somente em
época de eleição. Nós não acreditamos nessa lógica de que as pessoas só possam
ser chamadas a contribuir quando, de dois em dois anos, vão à seção eleitoral e
exercem seu direito de votar, nas eleições. Até porque, por exemplo, muitas
vezes, na campanha eleitoral falam-se muitas coisas, mas, mal termina a
campanha eleitoral e, infelizmente, esses projetos apresentados seguem
engavetados ou as pessoas, os governos, mudam de opinião. É o caso do metrô em
Porto Alegre: basta ter uma campanha eleitoral que o metrô segue na pauta;
termina a campanha eleitoral, a morosidade segue e o congestionamento e a
dificuldade de locomoção da população aumentam. A questão da Saúde pública
aparece em todas as campanhas eleitorais, mas o que nós recebemos do Executivo
Municipal, passadas as eleições, foram três projetos que aumentavam verba de
publicidade, aumentavam em R$ 8 milhões os gastos com CCs e aumentavam as
verbas para a Copa de 2014. Não vieram projetos melhorando a Saúde pública e
garantindo concurso público para profissionais, para especialistas, para que
haja professores nas escolas da Rede Municipal. Então, eu acho que suprimir um
dos poucos espaços democráticos é um erro, e nós precisamos encaminhar melhor
essa discussão para procedermos a uma boa votação. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher – às 10h8min): Encerrada a Ordem do Dia.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão
Extraordinária.
(Encerra-se a
Sessão às 10h9min.)
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